A polícia de Boston anunciou a detenção de três suspeitos, no âmbito da investigação ao ataque da maratona de Boston.
Os irmãos Tamerlan e Dzohkhar Tsarnaev são acusados de
terem levado a cabo o crime, que causou, no passado dia 15 de abril,
três mortos e 282 feridos.
Três dias após as explosões, ambos foram intercetados
numa operação policial que terminou com a morte de Tamerlan, 26 anos, e a
detenção de Dzhokhar, 19.
Dois dos detidos são estudantes oriundos do
Cazaquistão, colegas de faculdade de Dzhokhar na Universidade de
Massachusetts, e o terceiro será um cidadão americano.
Todos irão comparecer esta tarde num tribunal em New Bedford, Massachusetts.
Fotos dos suspeitos com Dzhokhar em Times Square
No ano passado, os dois cazaques viajaram com Dzhokhar
até Times Square, Nova Iorque, uma viagem documentada com fotos no
Facebook.
Na semana passada, o mayor de Nova Iorque
revelou que a maior cidade americana seria o próximo alvo dos irmão
Tsarnaev e que, na noite da detenção, ambos estariam a caminho de
Manhattan para mais um ataque.
Tal não acorreu porque o carro roubado em que se
deslocavam não tinha combustível suficiente para a viagem de cerca de
três horas.
Após pararem para reabastecer e comprar bebidas
energéticas, numa estação de serviço em Cambridge, cujo dono, Tarek
Ahmed, conversou com o Expresso na semana passada, foram perseguidos
pelas autoridades.
Duas fontes da polícia de Boston explicam ao Expresso
que existe a suspeita de que os três homens agora detidos terão prestado
declarações falsas sobre Dzhokhar, em interrogatórios anteriores.
Os dois estudantes do Cazaquistão estarão a viver
ilegalmente nos EUA, após o visto ter expirado por falta de assiduidade
de ambos.
Rumores e processo em tribunal
Há duas semanas, 48 horas após as explosões, na
sequência de uma notícia falsa sobre a detenção de um suspeito, ocorreu
uma ameaça de bomba no tribunal de Moakley, sul de Boston, onde
supostamente um indivíduo chegaria escoltado pelo FBI.
A propósito de rumores, dois jovens americanos, que o
diário "New York Post" acusou de serem suspeitos dos atentados dois dias
depois do ataque, revelando uma foto de ambos na primeira página,
equacionam processar o jornal.
O FBI não revelou, entretanto, mais detalhes sobre a
amostra de ADN feminino encontrado num dos engenhos explosivos, mas
adianta que a pista sobre Misha, o alegado cidadão arménio, convertido
ao Islão, personagem acusado por alguns dos familiares de ter
radicalizado Tamerlan, foi abandonada.