Um hospital britânico vai recrutar cerca de 40 enfermeiros portugueses, aumentando o número de enfermeiros nacionais naquela instituição.
O Queen Elizabeth Hospital, em King’s Lynn, Norfolk, região acima de Londres, já emprega 38 enfermeiros portugueses. Agora, pretende contratar entre outros 40 e 42 enfermeiros em Portugal. A agência Kate Cowhig será a responsável pela contratação externa, sendo que depois de uma selecção inicial haverá entrevistas feitas em Portugal pelos responsáveis do hospital, conforme contou ao Negócios Hugo Santos, enfermeiro-coordenador na instituição.
Com 26 anos, Hugo Santos foi para o Reino Unido há dois anos e meio. Foi contratado num processo de recrutamento idêntico e a experiência tem sido positiva. Nos primeiros dois meses, o hospital assegura acomodação grátis e tem, segundo Hugo, um bom programa de acompanhamento e envolvimento na comunidade. As condições atmosféricas, pelo contrário, dificultam o processo de adaptação no início, acrescenta.
Há duas grandes diferenças entre a enfermagem em Portugal e no Reino Unido, segundo o enfermeiro português. Uma delas é que a hierarquia hospitalar britânica é “muito mais estratificada” – ele próprio está numa posição que, em Portugal, não existe enquanto progressão na carreira. A outra é o facto de, nessa sua posição de coordenador, poder delegar já tarefas em enfermeiros auxiliares.
Há um “bom treino” em Portugal
No seu todo, o objectivo do hospital, situado em King’s Lynn, é recrutar agora
No seu todo, o objectivo do hospital, situado em King’s Lynn, é recrutar agora
70 novos enfermeiros, como avançou em primeira mão a "BBC News".
Alguns serão contratados dentro do Reino Unido, outros fora – 42 deles,
no máximo, em Portugal. Mas também haverá outros países como opção.
Estão a ser formados menos enfermeiros no Reino Unido e é por essa razão que Portugal se torna um foco de interesse para o hospital, segundo contou à “BBC News” a vice-directora de enfermagem, Valerie Newton. Mas não é, contudo, o único. Hugo Santos, com quem o Negócios chegou à fala direccionado pelo gabinete de comunicação, explica que Portugal é uma escolha para o recrutamento devido ao “bom treino” que existe nas universidades.
A vaga de contratação deve-se ao facto de, na recente revisão dos números do hospital, ter-se chegado à conclusão de que era necessário aumentar o número de funcionários por enfermaria. “A dependência dos pacientes está a aumentar – temos pacientes cada vez mais velhos com necessidades cada vez mais complexas, pelo que é muito importante ter o número certo de pessoas nas enfermarias”, acrescentou Valerie Newton à mesma publicação. Os novos funcionários deverão entrar ao serviço em Junho e Julho.
Há outro hospital Queen Elizabeth a querer enfermeiros portugueses
[ler mais]
A oeste de King’s Lynn, em Birmingham, há um outro hospital com os olhos postos em Portugal.
Ainda não há um dia específico mas o Queen Elizabeth Hospital Birmingham vai promover um dia em Lisboa para recrutar enfermeiros, no final de Julho ou no início de Agosto.
“Estamos à procura de enfermeiros experientes de cuidados intensivos (um ano, pelo menos) e de hemodiálise renal que tenham trabalhado com doentes agudos durante, pelo menos, dois anos”, segundo contou por e-mail a responsável por comunicação da instituição, Louise Hulse.
O que diz Ordem dos Enfermeiros
“Portugal enfrenta actualmente um fenómeno anormal quanto à emigração de enfermeiros portugueses, cujas razões acreditamos serem as condicionantes socioeconómicas que se vivem actualmente”, sublinha a Ordem dos Enfermeiros no site oficial.
Numa página no site, a Ordem disponibiliza informação e esclarecimentos sobre as ofertas de emprego no estrangeiro.
O número de enfermeiros portugueses a pedir a documentação necessária para trabalhar no estrangeiro tem vindo a aumentar nos últimos anos. Segundos dados disponibilizados pela Ordem dos Enfermeiros, 609 profissionais tinham pedido a declaração das directivas comunitárias em 2009. O número superou os mil no ano seguinte. Em 2012, foram solicitadas 2.814 declarações (mais de 1.000 só na secção regional norte), um avanço de 63% face ao ano anterior. Em 2013, até 30 de Abril, o número estava nos 885 pedidos.
Estão a ser formados menos enfermeiros no Reino Unido e é por essa razão que Portugal se torna um foco de interesse para o hospital, segundo contou à “BBC News” a vice-directora de enfermagem, Valerie Newton. Mas não é, contudo, o único. Hugo Santos, com quem o Negócios chegou à fala direccionado pelo gabinete de comunicação, explica que Portugal é uma escolha para o recrutamento devido ao “bom treino” que existe nas universidades.
A vaga de contratação deve-se ao facto de, na recente revisão dos números do hospital, ter-se chegado à conclusão de que era necessário aumentar o número de funcionários por enfermaria. “A dependência dos pacientes está a aumentar – temos pacientes cada vez mais velhos com necessidades cada vez mais complexas, pelo que é muito importante ter o número certo de pessoas nas enfermarias”, acrescentou Valerie Newton à mesma publicação. Os novos funcionários deverão entrar ao serviço em Junho e Julho.
Há outro hospital Queen Elizabeth a querer enfermeiros portugueses
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A oeste de King’s Lynn, em Birmingham, há um outro hospital com os olhos postos em Portugal.
Ainda não há um dia específico mas o Queen Elizabeth Hospital Birmingham vai promover um dia em Lisboa para recrutar enfermeiros, no final de Julho ou no início de Agosto.
“Estamos à procura de enfermeiros experientes de cuidados intensivos (um ano, pelo menos) e de hemodiálise renal que tenham trabalhado com doentes agudos durante, pelo menos, dois anos”, segundo contou por e-mail a responsável por comunicação da instituição, Louise Hulse.
O que diz Ordem dos Enfermeiros
“Portugal enfrenta actualmente um fenómeno anormal quanto à emigração de enfermeiros portugueses, cujas razões acreditamos serem as condicionantes socioeconómicas que se vivem actualmente”, sublinha a Ordem dos Enfermeiros no site oficial.
Numa página no site, a Ordem disponibiliza informação e esclarecimentos sobre as ofertas de emprego no estrangeiro.
O número de enfermeiros portugueses a pedir a documentação necessária para trabalhar no estrangeiro tem vindo a aumentar nos últimos anos. Segundos dados disponibilizados pela Ordem dos Enfermeiros, 609 profissionais tinham pedido a declaração das directivas comunitárias em 2009. O número superou os mil no ano seguinte. Em 2012, foram solicitadas 2.814 declarações (mais de 1.000 só na secção regional norte), um avanço de 63% face ao ano anterior. Em 2013, até 30 de Abril, o número estava nos 885 pedidos.
sabado