Em comum com Amanda Berry e Gina DeJesus,
Michelle Knight tem o facto de ter sido sequestrada há 10 anos até ser
resgatada, na semana passada. Mas a sua história diverge a partir daí
Já na semana passada era notícia que Michelle Knight, ao contrário
das outras duas jovens, ainda não se tinha reunido com a família. Na
sexta-feira à noite, uma porta-voz da família avançava que Michelle
ainda não tinha falado com a mãe. Mas segundo a CNN, os familiares não
sabem sequer onde ela se encontra. Fonte próxima da investigação, citada
pela cadeia de televisão norte-americano, avançou apenas que a
sequestrada está em "local seguro e muito confortável".
Michelle Knight teve alta da instituição de saúde onde esteve
internada desde o resgate na passada sexta-feira, dias depois das outras
duas jovens.
Estas circunstâncias diferem radicalmente dos reencontros emocionados
de Amanda Berry e Gina DeJesus com as respetivas famílias. Como difere a
forma como as autoridades lidaram com o seu desaparecimento. A polícia
de Cleveland retirou o seu nome da lista do FBI de pessoas desaparecidas
logo em novembro de 2003, 15 meses depois de ter sido reportado o seu
desaparecimento, alegadamente por não ter sido possível contactar
ninguém responsável para confirmar que continuava desaparecida.
Em declarações aos jornalistas, a avó garantia, na semana passada,
que a família nunca deixou de a procurar e de colar cartazes com a sua
foto. Mas as vigílias que se realizaram, ano após anos, em cada
aniversário do desaparecimento das outras duas jovens, nunca incluiram
Michelle. Segundo a CNN, as jovens puderam ver na televisão as imagens
destas vigílias o que, acredita a avó, pode ter levado Michelle a sentir
que a família não se preocupava com o seu paradeiro.
Do que se sabe dos 10 anos de cativeiro de Michelle, destaca-se que
terá sido alegadamente forçada a fazer o parto da filha de Amanda Berry e
Ariel Castro, o sequestrador e violador, que a terá ameaçado de morte
se alguma coisa corresse mal.